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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A luta contra a invisibilidade da mulher e por seu reconhecimento

| 12/06/2021, 10:29 10:29 h | Atualizado em 12/06/2021, 10:39

É extensa e quase inumerável a lista de mulheres que se tornaram ícones, em diferentes épocas, na história da arte, da cultura, da luta pela igualdade e tantas outras esferas importantes da humanidade.

Todos esses destaques femininos inspiram e norteiam lutas contemporâneas, ainda tão latentes. E o anonimato também abriga personagens que se sobressaem pela resistência e pela busca por dignidade.

As mulheres sempre tiveram um papel importante em todos os ambientes a que pertenciam, mas foram inviabilizadas pelo domínio patriarcal, que só não conseguiu apagar suas múltiplas potencialidades, ainda que reprimidas e quase anônimas.

Com mais autonomia e visibilidade, mulheres vêm conquistando espaços, frutos de muita resistência ao longo da história. Paralelamente, as desigualdades e os gargalos enfrentados diariamente refletem a necessidade de uma batalha contínua, atual e, ao mesmo tempo, histórica.

Segundo a definição dada por Rodrigo Rossi Horochovski e Gisele Meirelles no livro “Problematizando o conceito do empoderamento”, empoderar é o processo no qual indivíduos, organizações e comunidades adquirem recursos que lhes permitem ter voz, visibilidade, influência e capacidade de agir e decidir sobre a sua própria vida.

Em tantos lugares do mundo, apesar de suas inúmeras capacidades e talentos, físicos, emocionais e cognitivos, muitas mulheres ainda não têm voz (ou têm bem menos do que precisam e merecem ter).

Embora sejam o coração de suas comunidades, o protagonismo ainda está aquém e a representatividade se limita apenas a números quantitativos.

Em recente artigo publicado na obra “Corpo, Comunicação e Espaço – Arranjos Performativos”, a comunicadora equatoriana Yvets Morales Medina trouxe à tona o enfoque sobre o corpo na defesa dos territórios de vida.

Segundo ela, a participação das mulheres na defesa do território é cada vez mais sensível e mais estratégica.

Recentemente, a websérie capixaba “Ser Mulher”, que já caminha para a sua segunda temporada, deu destaque ao protagonismo feminino em comunidades tradicionais do Espírito Santo e à sua luta política em defesa dos seus direitos.

A iniciativa promove o diálogo entre modelos socioculturais do passado e do presente, que fornecem às bases de suas identidades de resistência e que evidenciam, por meio das personagens, relatos de memória e de vivências cotidianas carregadas de simbolismo.

A obra, não apenas nos desperta para o debate sobre a diversidade de femininos dentro da multiplicidade das comunidades tradicionais espírito-santenses, como também traz as vozes das próprias mulheres sujeitas de sua história.

Elas revelam as resistências diárias para preservar e, ao mesmo tempo, subverter suas identidades tradicionais em uma sociedade controlada pelos homens.

Mesmo diante de um cenário desmotivador, elas persistem na luta por autonomia e reconhecimento de seus povos tradicionais e de suas subjetividades.

Mirela Marin Morgante é doutora em História Social das Relações Políticas.

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