Mais uma vez, ficamos chocados com ondas de ataques simultâneos às pessoas inocentes, morrendo, sem motivo aparente, senão à cor que mais uma vez se manifesta diante do racismo radical, abalando a maior potência mundial!
Nesta caçada mortal, ficamos a pensar com quem estamos lidando, se nem mesmo conseguimos ligar a irmandade ao mesmo berço que nos gerou! No desejo cruel, não enxergamos quem é nosso irmão!
Atualmente, trabalhamos em nós um olhar voltado ao caminho da aceitação do outro. Na verdade, se reverte na forma de receber quem chega não olhando para sua imagem, e sim pelo que é e possui, para contribuir e agregar valores e conhecimento a todos.
Mas afinal: o que passa na cabeça de alguém com tanto ódio pelo outro, motivado a tirar vidas como forma de mostrar sua indignação, colocando-se de forma soberana no julgamento da cor branca ser privilegiada?
Assim, nos remetemos novamente ao Holocausto que foi palco de tanta dor e lembranças tristes que ainda permeiam nos pensamentos de quem sobreviveu, e, percebemos a existência de pessoas hoje, com o mesmo perfil e um alto nível de intolerância com aquele que não é igual.
Não podemos deixar de citar o Brasil, no caso das decorrentes violências contra a mulher, e o grande número de vidas que são ceifadas quase todos os dias. A obsessão tem se mostrado de forma cruel onde o predador deseja ver seus desejos realizados com torturas físicas e psicológicas, estupros e, um dia este já saciado, sacramenta dando ao outro sua própria sentença: é hora de morrer!
Não é a questão da raça e nem da fragilidade, é a violência que já se enraizou na mente do sujeito (a), e seu desejo é em qualquer momento propício, tirar a vida de alguém como uma forma de punição e para si: realização de ver sangue jorrando como fonte inesgotável de um prazer sádico.
A raiz do mal já faz parte do nosso cotidiano. E não encerra a corrente que a cada dia vem se mostrando mais forte com seus elos contaminados de fúria e ódio e, sem controle se alojam em nossos lares fingindo ser um cordeiro.
Afinal, onde se encontra o respeito à diversidade e à empatia que atualmente é tão trabalhada nas empresas, igrejas, comunidades, Ongs e outros, como forma de pensar em um mundo feito de igualdade para todos que são diferentes de nós?
Não é apenas a cor, são vários requisitos que se formam a mente com este perfil não enxergar o mundo como uma grande aldeia global. A diversidade existe. Negar este olhar é ignorar nossa própria existência, pois na verdade: somos todos diferentes!
Assim, porque não aceitar que estamos aqui para formar um mundo de elos? Elos que foquem amor, respeito à vida, acolhimento e mudança de pensamentos que possam florescer em solo fértil sementes. Sementes que façam brotar a tolerância, o respeito e à vida de todos que independente da cor, quer fazer parte do mundo, com direito à vida!
Nas palavras da antropóloga Isabela Oliveira Kalil, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, diz: “A construção da diferença é universal, o preconceito, não.
Embora vivamos com a sensação de que existe um suposto padrão de normalidade, é preciso depurar o pensamento: nada tem característica neutra a ponto de ser considerado normal. Somos todos diferentes em relação a alguma coisa”.
Maria Scardua Passos é pedagoga e psicanalista clínico.
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