“Fazer cera” significa demorar de forma proposital para realizar alguma coisa que já poderia ter sido feita. Talvez por isso, a palavra “sincera” significa “sem cera”. Todavia, em se tratando do ouvido, essa expressão carece de sentido. Ao realizar o sistemático trabalho de produzir cerume, o corpo está colaborando com a saúde auditiva.
A natureza é surpreendente. Cada coisa, por mais simples que pareça, tem um trabalho importante para o funcionamento de algo maior. Costumamos julgar o cerume do ouvido como banal, mas ele tem importância vital para o corpo.
A cera é uma secreção fabricada pelas glândulas situadas na porção mais externa do conduto auditivo e tem a função primordial de proteção.
Além de proteger a tênue mucosa do canal auditivo de infecções, ela evita que poeira e outras pequenas partículas possam avançar para dentro do canal auditivo e atingir o tímpano.
No entanto, caso ocorra em excesso, prejudica a função auricular e, se for mal manipulada, ela pode entupir o canal auditivo e pressionar o tímpano, gerando consequências.
Em algumas situações, não conseguimos encontrar nenhuma razão clara para a ocorrência da produção aumentada de cera no ouvido.
Algumas pessoas simplesmente produzem mais cerume do que o ouvido é capaz de eliminar.
O envelhecimento pode facilitar o processo de acúmulo de cera no ouvido, porque os idosos geralmente produzem um cerume mais duro e menos lubrificante, que provoca uma redução na capacidade de expulsá-lo.
Alterações anatômicas do ouvido podem favorecer o acúmulo de cera em seu interior.
Em certas condições, uma produção excessiva de cera por distúrbios das glândulas da pele pode formar tampões que obstruem o canal auditivo.
Alguns indivíduos costumam remover a cera de ouvido por acreditar que ela seja nojenta ou desnecessária ao corpo.
Ao contrário do que muitos pensam, quando usamos os cotonetes para limpar os ouvidos, empurramos parte da cera para dentro canal auditivo.
Compactado, esse cerume pode formar uma rolha que obstrui a passagem de som, provocando algum grau de surdez.
É importante ressaltar que qualquer limpeza especial deve ser realizada pelo médico, lembrando que a pele do canal auditivo e a membrana do tímpano são muito delgadas e podem ser lesionadas facilmente.
Por isso, abandone o hábito de cutucar o ouvido com hastes flexíveis, grampos, palitos, tampas de caneta, etc.
Meu professor de Otorrinolaringologia costumava dizer que, para limpar o ouvido, devemos introduzir o cotovelo de um lado, no ouvido localizado no outro lado, ou seja, é impossível!
O cerume é produzido por glândulas que se encontram dentro do canal auditivo, estando presente em todas as pessoas. Ele serve como uma proteção natural.
Entretanto, quando é produzida em maior quantidade, a cera pode causar alguns sintomas, como dor, prurido, sensação de entupimento e diminuição da audição.
De maneira fisiológica, o cerume é importante para a saúde do ouvido, pois serve de proteção contra traumas, ressecamento e microrganismos. Além disso, ele é impermeável à água e contém anticorpos.
O ouvido é autolimpante. As suas células se renovam, fazendo com que a cera seja naturalmente empurrada para fora do canal auditivo.
Muitos acreditam que a existência de fragmentos de cerume do lado de fora do ouvido seja um sinal de excesso de cera. Na verdade, isso é apenas um processo natural de limpeza.
Caso seja necessário, a cera pode ser removida através de medicamentos, irrigação ou remoção mecânica, lembrando que tais procedimentos não devem praticados em casa.
O ouvido, assim como a abelha, quando não está fazendo cera, está voando com os sons.
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