Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

A extinção da temida varíola

| 05/01/2021, 07:35 07:35 h | Atualizado em 05/01/2021, 07:38

O que o compositor alemão Ludwig van Beethoven e o ditador russo Josef Stalin tiveram em comum? Ambos contraíram varíola, doença contagiosa causada por um dos mais infames vírus que infectam o ser humano.

Esse agente patológico foi descoberto quando cientistas encontraram vestígios de sua presença em uma múmia, que viveu entre 1550 a 1307, antes de Cristo. Esse achado confirma que a varíola atinge os seres humanos há milhares de anos.

Durante a Idade Média, com a Peste Negra, essa moléstia exantemática foi responsável por epidemias e milhões de mortes.

Embora não se conhecesse a causa, várias medidas de controle eram utilizadas, como isolamento, quarentena e variolização, esse rudimento de vacinação empregado pelos chineses, há mil anos.

Retirando as crostas das lesões cutâneas dos pacientes em convalescênça, os asiáticos reduziam-nas a pó por maceração, que era então assoprado através de bambus nas narinas das crianças, fazendo com que essas ficassem protegidas.

Sabemos hoje que os chineses introduziam fragmentos que não causavam a doença, mas suficientes para, absorvidos pela narina, estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos.

Recentemente, o mundo criticou as autoridades chinesas por tentarem omitir informações a respeito do coronavírus.

Para piorar, a China também havia mantido sigilo absoluto dos primeiros casos de SARS, em 2003. Foram atitudes deliberadamente criminosas. Não se deve misturar ciência com política. Os governantes são perecíveis. A ciência é permanente.

Fazendo parte das enfermidades com dificuldade de cura, a varíola produziu enorme rastro de mortes em todo planeta.

Inicialmente, o vírus provoca febre, cefaleia, dores no corpo, mal-estar. Após alguns dias, a febre diminui e começam a surgir manchas avermelhadas, que evoluem para bolhas de pus, causando prurido e dor.

Ao coçá-las, o paciente acaba gerando sérias complicações, sendo a mais grave a perda de visão, que ocorre após o indivíduo levar as mãos contaminadas aos olhos.

As bolhas vão desaparecendo à medida que a patologia evolui e são formadas crostas, que, após algum período, soltam-se, podendo deixar cicatrizes. Em casos mais graves da varíola, o paciente pode apresentar hemorragias na pele e mucosas.

Em 1796, médico Edward Jenner trabalhava no interior da Inglaterra, quando percebeu que as pessoas que haviam apresentado a varíola da vaca não tinham sintomas quando inoculadas pela varíola.

Ao continuar suas observações, notou que as mulheres que trabalhavam com a ordenha de vacas raramente apresentavam as cicatrizes da varíola. Formulou, então, a hipótese do efeito protetor da varíola da vaca em humanos. Nascia a vacina contra varíola.

Com o emprego da vacinação em massa, a doença foi erradicada. Os dois últimos casos de varíola ocorreram na Índia, em 1975, e na Etiópia, em 1977.

Algumas pessoas atingem alvos que os outros não acertam. Gênios atingem alvos que os outros não veem.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: