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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A digitalização dos planos de saúde acelerada pela pandemia

| 05/07/2020, 09:33 09:33 h | Atualizado em 05/07/2020, 09:39

Grandes desafios podem provocar grandes revoluções. A necessidade de superar adversidades leva a humanidade a repensar hábitos e valores e a usar todo o seu potencial de criação.

Nestes tempos de pandemia mundial, não seria diferente. A proliferação do novo coronavírus gerou impactos humanitários, sociais, econômicos, culturais e tecnológicos. Não atingiu somente a saúde do indivíduo, mas toda a estrutura básica da sociedade.

De repente, estávamos em meio a uma verdadeira guerra contra um inimigo desconhecido. Com armas limitadas diante de um novo agente altamente infeccioso, tivemos que adotar medidas rápidas e assertivas com um foco principal: atender com eficiência os doentes e conter a disseminação da Covid-19.

A tecnologia, que já era uma aliada, tornou-se fundamental. A Saúde precisou se adequar rapidamente às exigências do momento atípico, usando todos os recursos que estivessem a seu alcance.

Na Medicina, a digitalização já evoluía, mas ainda de forma lenta em relação a outros segmentos. Isso porque as soluções que envolvem diretamente o paciente são muito desafiadoras e exigem extremo cuidado e sensibilidade.

Contudo, a pandemia fez com que a telemedicina, por exemplo, fosse adotada como medida emergencial, de modo a garantir atendimento remoto com eficiência. Assim como a teletriagem, em que o paciente pode tirar dúvidas sobre sintomas da Covid-19 por meio de uma central de atendimento.

Médicos passaram a utilizar a teleinterconsulta e, através do contato virtual, discutem diagnósticos e tratamentos, agilizando a tomada de decisões. O telemonitoramento dos pacientes com doenças crônicas e a prescrição de medicamentos on-line também ganharam força.

Paradoxalmente à ideia de que a tecnologia afasta as pessoas, diminuindo o contato real, a batalha contra o coronavírus nos mostrou que, na Saúde, pode e deve ser uma ferramenta para a humanização do atendimento.

Pacientes com Covid-19, isolados em seus leitos, mantêm contato com familiares e amigos por meio de videochamada, algo impensável há alguns anos. Da mesma forma, o boletim médico diário realizado na UTI passou a ser feito de forma virtual, mantendo a família sempre informada e, de certa forma, próxima de seu ente querido.

A pandemia nos deixou, sim, mais distantes fisicamente, mas também acelerou o futuro. A Saúde vem se reinventando, com a ajuda da tecnologia, sem perder um de seus aspectos mais essenciais: o lado humano do atendimento.

A tendência é que, com as ferramentas digitais, consigamos estar cada vez mais perto uns dos outros. Claro que o contato presencial entre médico e paciente é essencial e se faz necessário em casos específicos. Mas a crise do coronavírus também está nos mostrando que, usando a tecnologia, vamos ampliar o acesso à Medicina e atuar ainda mais na prevenção, integrando recursos tecnológicos e cuidado humanizado.

FERNANDO RONCHI é médico e diretor-presidente da Unimed Vitória.

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