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Claquete

Comédia romântica no universo adolescente


Adilson de Carvalho Santos

Comédias teen têm seu público fiel e formam um filão explorado frequentemente nas telas. Quando o livro de Beth Reekles “A Barraca do Beijo” (The Kissing Booth) chegou à Netflix em 2018 a plataforma estava há sete anos já produzindo filmes e séries originais.

A autora tinha 15 anos quando escreveu o livro e a Netflix acreditou no potencial da história com o público jovem. Natural, então, que dois anos depois reencontremos Elle, Noah e Lee, personagens que caíram no gosto popular, continuando suas vidas em novos dilemas na aguardada sequência “A Barraca do Beijo 2” (The Kissing Booth 2) que chegou ao serviço de streaming no último dia 24.

Imagem ilustrativa da imagem Comédia romântica no universo adolescente
Personagens de "A BHarraca do Beijo 2" |  Foto: Divulgação / Netflix

Começando com um rápido flashback do primeiro filme, o diretor Vince Marcello nos leva ao último ano de Elle Evans (King) no ensino médio, grudada no amigo Lee Flynn (Joel Courtney) e insegura no namoro à distância com Noah Flynn (Jacob Elordi), que está em Harvard, do outro lado do país.

Elle não consegue lidar com essa insegurança e, sem perceber, invade o espaço de Lee com sua namorada Rachel (Meganne Young). Quando recebem a incumbência de organizar a atração que dá título ao filme, conhecem Marco (Taylor Zakhar Perez), o novato que arranca suspiros das meninas da escola. O triângulo amoroso Marco – Elle – Noah passa pelo filme em paralelo à uma competição de dança, aos ciúmes de Elle, quando Noah parece estar se envolvendo com Chloe (Maisie Richardson-Seller), e o dilema de decidir para qual faculdade vai depois do ensino médio. Afinal de contas, Noah – seu crush - está em Harvard e Lee – seu melhor amigo - vai para Berkley.

A história acaba se prologando demais em 2h10min de filme, desnecessariamente para o simplismo de sua premissa, que segue a mesma fórmula do primeiro filme, sem fazer questão de tentar algo novo.

Mesmo com a aprovação abaixo da média dada pelo famigerado Rotten Tomatoes, afinal de contas, é uma comédia romântica, e para os fãs do livro e filme, o que importa é tentar descobrir o que Elle vai decidir, e como os mal-entendidos e atrapalhadas se resolverão na tradição do gênero. Logo, não adianta exigir muito e o melhor é tentar se divertir, principalmente com as referências aos anos 80 como a sequência em que Elle e Lee vão a um baile de Halloween vestidos de caça-fantasmas, ou curtir a presença icônica de Molly Ringwald como a mãe de Noah e Lee. Molly foi a namoradinha de rosa shocking da geração 80, estrela juvenil dos filmes de John Hughes.

Joey King é muita carismática e sua atuação é convincente, o que ajuda a conduzir a história, mesmo reciclando elementos de outros filmes do gênero e invertendo alguns do primeiro filme. Se antes Lee parecia estar no caminho do namoro entre Elle e Noah, o que no livro de Beth Reekles não acontece, agora é Elle quem fica de “vela” entre Lee e Rachel, chegando a provocar um dia de ação de graças bem atribulado. Joey usou uma peruca durante o filme todo porque havia raspado a cabeça para seu papel em “The Act”, onde mostra sua versatilidade em um papel bem diferente de sua heroína teen. Seu reencontro com Noah também foi um reencontro real, já que ela e Jacob Elordi namoravam realmente há alguns anos. Há momentos no filme que não tem como disfarçar o olhar de uma velha paixão, mesmo quando Elle parece ter muita química com Marco (Perez).

Um acerto do filme, dos dois filmes, é a maneira como trata o universo adolescente, suas inseguranças, até mesmo o uso da tecnologia em um relacionamento à distância. Saber que direção seguir é um dilema fácil de se identificar e lidar com as emoções uma dificuldade constante. Tudo bem light, sem grandes aprofundamentos, mas agradável para assistir, mesmo com os exageros de algumas situações que poderiam ser resolvidas com uma simples conversa. Claro que tudo acontece para preparar os conflitos dos personagens para um momento de inevitável ruptura na metade final da história.

Se a história acaba bem, se Elle vai decidir entre Noah e Marco, entre Berkley e Harvard importa menos que imaginar como vão continuar a história para uma previsível terceira parte, desde já desejada pelos fãs, embora não exista um terceiro livro. Há um conto, no entanto, intitulado “The Kissing Booth : Road Trip”, que pode fornecer material para um novo reencontro com esses personagens. Será? Em breve, pois a Netflix sabe como atiçar a curiosidade dos fãs, mesmo que seja para saber como vai ser necessário organizar mais uma barraca para se encontrar um amor.


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