FOTOS | Veja como ficou local da explosão no Líbano
A série de duas fortes explosões registradas na terça-feira (4) na região portuária de Beirute, capital do Líbano, recoloca o país árabe de volta a um cenário já visto há 30 anos, quando do fim da guerra civil que assolou a nação por 15 anos.
Para o professor e vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), Ali Houssein El-Zoghbi, a tragédia que deixou mais de 130 mortos e aproximadamente 5 mil feridos na capital libanesa demanda um trabalho semelhante ao feito em 1990.
“É possível fazer um plano estratégico para o Líbano, similar a planos que já foram feitos no pós-guerra e isso de uma maneira responsável, para que o povo possa receber isso de maneira a não ter barganhas, que seja um projeto de sustentação definitiva para o Líbano e que se coloque isso na mão de pessoas isentas”, disse à Sputnik Brasil.
Hoje, o Líbano conta também com parcelas importantes de refugiados sírios, que fogem da guerra civil que já dura nove anos, e de refugiados palestinos, que começaram a povoar o país no final dos anos 1940, pelos reflexos das disputas entre israelenses e árabes – o que veio a desembocar na guerra civil libanesa, em 1975.
Para El-Zoghbi, como em eventos trágicos na região em um passado não muito distante, é preciso a participação da comunidade internacional para resolver os aspectos imediatos.
“A infraestrutura libanesa é bastante precária, as questões de energia, de água, de saneamento têm que ser resolvidas a médio prazo, porque a curto prazo realmente é suprir a população com alimentos, com insumos hospitalares, com especialistas na área médica”, avaliou.
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