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Coronavírus

EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DO NOVO CORONAVÍRUS


2020. Uma nova doença. Uma pandemia. No mundo todo, as pessoas precisaram mudar hábitos e rotinas por causa da Covid-19, o novo coronavírus. São milhões de infectados e milhares que já perderam suas vidas. Pessoas comuns, pessoas famosas.

Eram cientistas, professores, donas de casa, médicos, garis, aposentados, enfermeiros, feirantes, artistas, atletas, estudantes, empresários... Eram filhos, pais, maridos, esposas, namorados. Eram queridos e amados por muitos, e deixaram suas vidas registradas nesse período que vai ficar marcado na história mundial.

Ao olharmos para o Estado do Espírito Santo e as perdas que já registramos, sentimos ainda mais a dor do luto. Conhecemos quem se foi. Vimos crescer, acompanhamos as conquistas e as batalhas da vida, sabíamos dos sonhos. Mas eles foram interrompidos por uma enfermidade que ainda não tem cura. Mas terá.

Este espaço no Tribuna Online foi reservado para relatar as histórias de vida dos guerreiros vítimas dessa doença. É uma forma solene que encontramos, com o Jornal A Tribuna, de destacar quem foram os capixabas e moradores do nosso Estado que morreram na pandemia da Covid-19, tornando de alguma forma a vida de cada uma delas ainda mais representativa não apenas para a família e amigos, mas para quem ler cada memória aqui relatada. 


ENVIE UMA HISTÓRIA DE VIDA
O conteúdo deste espaço é colaborativo. Pode ser acrescentado de acordo com a vontade das famílias das vítimas da Covid-19. Quem quiser enviar informações sobre o parente que perdeu pelo novo coronavírus, pode encaminhar email para [email protected], deixando o relato e o contato. Vamos publicar aqui uma parte da história construída por essas vítimas.  

Imagem ilustrativa da imagem EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DO NOVO CORONAVÍRUS
Em memória às vítimas da Covid-19 |  Foto: Arte: André Félix/AT

Daiane Galvão, 25 anos


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Daiane morava em Fundão com o marido e outros dois filhos. Ela fez a cesárea, chegou a melhorar, mas não resistiu |  Foto: Reprodução/ Facebook

O sonho de Daiane Galvão, 25 anos, era construir a casa própria em Fundão com um quartinho para cada um dos seus três filhos – um menino de 11 anos, uma menina de 7 e a bebê que carregava no ventre. Já tinha comprado o enxoval e ganhado fraldas dos amigos.

Mas ela não teve tempo de realizar o sonho. Ela morreu no dia 12 de maio após ficar 20 dias internada no Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra, e passar por uma cesárea às pressas. A neném, Ágata, está internada na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (Utin) do Jayme.

Conheça mais a história de DaianeGrávida de sete meses e meio


Marcelino Orlande, 92 anos


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Marcelino Orlande, de 92 anos, foi uma das vítimas fatais do novo coronavírus |  Foto: Reprodução/Acervo familiar

Morador de São Domingos, na Serra, o pensionista Marcelino Orlande, de 92 anos, morreu no dia 15 de abril. Neto de imigrantes italianos, ele nasceu em Alfredo Chaves e a família destacou que ele será lembrado como um homem amoroso, forte, corajoso, simples, honesto, engraçado e religioso.

Era apreciador de um bom vinho e apaixonado por futebol, principalmente pelo Vasco e pela seleção da Itália. Celebrou muito suas festas de 80 e de 90 anos, e a família dizia que seu Marcelino iria chegar aos 100 anos.

“Ele deixa muita saudade, um vazio enorme, mas uma família unida. Além das quatro filhas, deixa oito netos e três bisnetos e muitos amigos”, diz uma das filhas, a assistente social Rosana Maria Orlandi

Veja mais sobre a história emocionante dele: Homenagem nas redes sociais


Jocival Marchiori, 55 anos


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Jocival Marchiori tinha 55 anos |  Foto: Reprodução/ Redes sociais

O professor e ex-diretor da Escola Estadual Emir de Macedo Gomes, o Colégio Estadual, Jocival Marchiori, em Linhares, morreu na madrugada do dia 9 de abril. Foi o primeiro óbito da cidade.

Jocival tinha mais de 25 anos dedicados à direção do Colégio Estadual e a morte dele comoveu muito a cidade e também pessoas de outras cidades, sobretudo ligadas à educação.

Ele era uma pessoa muito conhecida e bastante querida na comunidade. A Prefeitura de Linhares chegou a decretar luto de três dias por causa da morte do professor.

Veja mais sobre o educador: Comoção e luto na cidade


Marcos Jorge de França, 50 anos


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Marcos Jorge de França, 50, era policial militar aposentado |  Foto: Acervo familiar

O tenente reformado da Polícia Militar Marcos Jorge de França tinha 50 anos e morreu na madrugada de 27 de maio após oito dias internado.

Ele atuou na PM por quase 30 anos e havia se aposentado em novembro em 2019, mesmo ano em que realizou um dos seus sonhos: ingressar na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para cursar Gemologia.

Para o filho, o técnico em logística Gregory Ramos de França, 30, o Tenente França era um herói. “Ele também era pastor da Assembleia de Deus e angariava muitas almas para Jesus”.

Veja um pouco mais da história: “Perdi um herói”, diz filho


Carmen Dondoni de Oliveira, 78 anos


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José Machado ao lado da mãe, Carmen Dondoni, e a noiva Bruena Braz |  Foto: Acervo Pessoal

Aos 78 anos, a dona de casa Carmen Dondoni de Oliveira sofria de mal de Parkinson há 15 anos, mas nunca foi internada e esbanjava alegria, segundo a família.

“Ela sempre foi muito alegre, gosta de passear, de ir à praia, de fazer atividades físicas e até de curtir o Carnaval com a gente”, relembrou o filho, o professor de Educação Física José Machado Sena, o Dinho, 40.

Ela foi internada no dia 2 de junho com pneumonia, mas alguns dias depois saiu o resultado de um teste que confirmava que Carmen havia sido infectada pelo novo coronavírus. A família acreditava na plena recuperação da dona de casa, mas ela contraiu uma infecção e não resistiu.


Jean Zanon Venturim Ronconi, 29 anos


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PM Jean Zanon Venturim Ronconi |  Foto: Acervo de família

Proteger e salvar vidas eram as atividades do jovem soldado da Polícia Militar Jean Zanon Venturim Ronconi, de 29 anos. Além disso, era um apaixonado pela família e pelo trabalho na igreja. No entanto, no dia 24 de maio, não resistiu ao novo coronavírus.

“Ele era saudável e não tinha qualquer comorbidade. Morava com a esposa e o enteado em Cariacica. Era diácono da igreja metodista e tocava bateria no grupo de louvor”, relembra a mãe do militar, a cozinheira Júlia de Souza Zanon Venturin Ronconi, 49.

Dias após a morte, a família reuniu forças e foi até o Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, prestar homenagens a médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que se dedicaram a cuidar do soldado. Entregaram doces aos profissionais em forma de gratidão e respeito.

Do lado de fora do hospital, a viúva do militar, Mariana Rubim Ronconi, 34, declarou: “Os planos de Deus não são os nossos e eu serei eternamente grata aos profissionais que cuidaram do meu marido com todo amor e carinho”.

Veja um pouco mais sobre o soldado Ronconi: “Era um filho abençoado”.


Maria Dornelas da Silva, 79 anos


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Aposentada Creuza Rodrigues de Lima com a mãe Maria Dornelas da Silva, que tinha 79 anos e morreu vítima da Covid-19. Ela morava em Vila Velha |  Foto: Acervo de família

Nascida em Minas Gerais, a pensionista Maria Dornelas da Silva, se mudou para o Espírito Santo com 29 anos, em 1970. Fez da cidade de Vila Velha o seu lugar.

No Estado, teve cinco filhos, oito netos e nove bisnetos. Ficou viúva aos 37 anos. Quando morava em Aimorés (MG), fazia vasos de flores e embarcava no trem na época da maria fumaça, para vendê-los em Colatina.

Hoje, essa é uma das histórias que são lembradas por Creuza Rodrigues de Lima, de 58 anos, filha de Maria Dornelas. A pensionista lutou contra a covid-19, mas morreu vítima da doença, aos 79 anos, em 16 de maio.

“Gostava de dançar, de viver... Olha, a minha mãe foi uma grande guerreira. Ela costurava com lamparina para sustentar a família”, diz a filha com orgulho.

Conheça mais sobre a história de Maria Dornelas: “Foi uma grande guerreira”


Sérgio Junger Tanure, 59 anos


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Sérgio Tanure era agrônomo e urbanista e realizou trabalho de paisagismo em diversos locais do Espírito Santo |  Foto: Acervo Pessoal

Hipertenso e cardíacos, o agrônomo e urbanista, Sérgio Junger Tanure, de 59 anos, lutou até o fim contra o coronavírus, enquanto ficou internado por cerca de 50 dias internado em um hospital particular de Vitória. No entanto, Sérgio não resistiu e morreu em 12 de maio.

Tanta luta rendeu uma homenagem da família, que define o agrônomo como um homem que deixou um legado de amor e coragem. Sergio foi o responsável pelo paisagismo de locais como a residência oficial do governador do Estado, na Praia da Costa, e o Convento da Penha, ambos em Vila Velha. 

“Ele era devoto de Nossa Senhora da Penha”, revela a engenheira de produção Layra Tanure, de 35 anos, filha de Sérgio.

Uma das paixões do agrônomo eram as palmeiras, conta a esposa, Valéria, de 54 anos. “Símbolo da imortalidade”, lembra ela. Outra grande paixão de Sérgio eram os carros antigos. Atualmente, ele estava restaurando uma Scania, de 1960, com a qual presentearia o neto, Rafael, quando ele completasse 1 ano.

Veja mais sobre Sérgio em “Ele deixou um legado de amor, coragem e fé”


Zenidalva Aparecida Corona Majeski, 52 anos


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Zenidalva Aparecida Corona Majeski tinha 52 anos |  Foto: Acervo Pessoal

Dona de um restaurante tradicional em Santa Maria de Jetibá, na região Serrana do Estado, Zenidalva Aparecida Corona Majeski, de 52 anos, foi a primeira vítima a morrer por conta da covid-19, na cidade.

Zenidalva era cunhada do deputado estadual, Sergio Majeski, e deixou marido, dois filhos e uma cidade inteira de luto.

Ela e o deputado se conheceram ainda na infância e Zenidalva foi a única namorada do irmão do parlamentar. “Eles estavam casados há mais de 30 anos, moravam ao lado da casa da minha mãe, que tinha ela como filha. Era uma pessoa querida, cheia de vida”, relatou Majeski.

Saiba mais sobre Zenidalva em “Você não poder fazer velório"


Raimundo Costa de Ataíde, 45 anos


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O motorista de van escolar Raimundo Costa de Ataíde morreu com coronavírus |  Foto: Acervo pessoal

Sem apego a coisas materiais e uma pessoa que gostava de ajudar o próximo. Assim a auxiliar de armazém Cosmiria Jesus de Ataíde, de 34 anos, define o irmão Raimundo Costa de Ataíde, de 45. Motorista de van escolar, ele foi mais uma das pessoas que perderam a vida por conta da covid-19 no Estado.

A irmã guarda na lembrança a alegria de Raimundo. Segundo ela, o motorista de van escolar era entre os três irmãos o mais extrovertido. Boa praça, conversava com todo mundo e era de fazer amizade fácil.

“Deixou muitos amigos. Como eles não puderam se despedir, fizeram uma carreata e passaram aqui em casa buzinando e o homenageando. Era amado e prestativo. Gostava de ajudar o próximo”, afirmou Cosmiria. O motorista de van morreu em 5 de maio.

Conheça mais sobre Raimundo em: Morte na fila por vaga em UTI


Vinnícius Gabriel Celestrino, 22 anos


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biomédico Vinnícius está entubado em um hospital de Cariacica, e a mãe fez um vídeo pedindo ajuda |  Foto: Acervo pessoal

Formado em Biomedicina, Vinnícius Gabriel Celestrino, de 22 anos, era natural de São Paulo, mas estava no Espírito Santo, desde o dia 4 de abril, onde veio visitar o namorado. 

Foi no Estado que o biomédico começou a apresentar sintomas da covid-19, como dor de cabeça e cansaço. Logo, foi internado em um hospital particular de Cariacica e os pais tiveram que se mudar temporariamente para o Espírito Santo para ficar perto (mesmo sem poder vê-lo) do filho. 

Infelizmente, Vinnícius não resistiu à agressividade do vírus e morreu dias após dar entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), deixando para trás lembranças aos familias e amigos, além de sonhos. 

Veja mais sobre o biomédico em VÍDEO | Pais


Valéria Pereira Mathias Nicolini, 38 anos


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A Sedu divulgou nota de pesar pela morte da professora Valéria Mathias Nicolini, que completou 39 anos no mês passado, e atuava em uma escola de Cariacica. |  Foto: Acervo da família

Uma professora apaixonada por ensinar e pelos alunos. Assim era Valéria Pereira Mathias Nicolini. Formada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Valéria dava aulas de artes e chegou a colocar dinheiro do próprio bolso para comprar materiais escolares para os alunos na escola onde dava aula em Cariacica, conforme o pai, João Benedito Mathias, de 64.

“Era apaixonada pela educação, pelos alunos, principalmente os carentes. O lastro de amor com as crianças era muito grande”, revela ele.

Tão grande como a paixão pela sala de aula era o amor de Valéria pela família. O pai conta que, em casa, era a professora quem botava a mão na massa para resolver qualquer problema e fazia de tudo para proteger seus familiares.

De forma precoce, a professora partiu aos 38 anos no dia 10 de maio – pouco mais de uma semana antes de completar 39 – vítima da covid-19 deixando com saudades a família, os alunos e os amigos.

Conheça mais sobre a professora: “Ela foi ao supermercado e depois passou a tossir”, diz pai 


Ediléa Oliveira, de 57 anos


Além dos profissionais de saúde, na linha de frente no combate ao coronavírus nos hospitais também estão a equipe que dá suporte para que as unidades possam continuar funcionando e atendendo quem apresenta sintomas da covid-19. A auxiliar de serviços gerais Ediléa Oliveira, de 57 anos, fazia parte dessa equipe e acabou perdendo a vida, após ser infectada pelo vírus.

Ediléa trabalhava na limpeza do Hospital Estadual Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, por meio de uma empresa terceirizada.

Mãe de três filhos e fiel da Igreja Maranata, Ediléa morreu no dia 13 de abril e deixou um legado aos filhos: "Sempre nos ensinou a seguir o caminho do Senhor e a ter fé", revelou um deles, Eduardo Neves Souza, de 34 anos.

Veja mais: Funcionária do hospital morre 


Ricardo de Jesus, 62 anos


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A psicóloga Jurama vai ter a oportunidade de se despedir do companheiro Ricardo, vítima do coronavírus. |  Foto: Acervo Pessoal

Devoto de Nossa Senhora, o aposentado Ricardo de Jesus Matos, 62 anos, homenageou à santa no seu último desejo. Ele morreu no dia 28 de maio vítima do coronavírus e pediu que seu corpo fosse cremado e as cinzas fossem colocadas em uma urna com três fitas, rosa, azul e branca - as cores de Nossa Senhora -, sendo jogadas ao mar.

O desejo foi atendido pela família, em uma cerimônia simples, mas carregada de emoção, sobre a ponte da Ilha do Frade, em Vitória.

A mulher de Ricardo, a psicóloga Jurama Ribeiro de Oliveira Matos, 52, destacou o amor pelo marido: “Ele foi uma pessoa em comunhão com esportes e vida saudável. Amava o mar. Uma grande pessoa e a gente deixa ele no seu santuário”.

Veja o vídeo com a despedida: Cinzas jogadas ao mar


Rafael Mussiello, 76 anos


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Médico Rafael Mussiello |  Foto: Reprodução/ Redes sociais

Professor, diretor de faculdade, vereador e apaixonado pela Medicina. O médico Rafael Mussiello, 76 anos, construiu uma história marcante no Estado e a morte dele, pelo novo coronavírus, foi muito lamentada.

Ginecologista e obstetra, ele foi presidente da Associação Médica do Espírito Santo (Ames) e a entidade, ao emitir nota de pesar pela morte, declarou: “Escreveu seu nome na história da medicina capixaba”.

Rafael Mussiello trabalhava em uma maternidade particular de Vitória e morreu no dia 3 de junho. A Emescam, faculdade que ele foi diretor e professor, também lamentou a morte: "Sua ausência será sentida por todos".

Veja mais: Médico morre em Vitória


Alvimar Francisco, 53 anos


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Alvimar e Regina começaram a namorar depois de se conhecerem na linha 779 do Transcol. Em 2016, a história de amor do casal foi destaque em A Tribuna |  Foto: Acervo de Família

“Preta, eu vou voltar para casa. Vem me buscar”. Essas foram as últimas palavras do cobrador de ônibus Alvimar Francisco, 53 anos, para a mulher, a técnica em enfermagem Regina Manenti. E ela não imaginava que era uma despedida: “Ele se foi. Dói muito. Somente Deus para nos fortalecer na fé.”

Alvimar morreu no final de maio e uma das histórias que ele deixou foi a de ressaltar o amor. Em 2016, o cobrador e a técnica em enfermagem foram destaque em A Tribuna, na reportagem intitulada “Linhas do amor no Transcol”. Haviam se conhecido em um ônibus da linha 779 (Terminal de Campo Grande via São Geraldo, Cariacica) e casaram-se. Quatro anos depois, Regina se despediu do marido, o seu “grande amor”.

Leia mais: “Sinto um vazio enorme”


Elena Mendes Silva, 11 meses


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Elena completaria 1 ano no próximo dia 26 |  Foto: Acervo da Família

“Minha filha ela linda, tranquila, gorduchinha...”, lembra Maria Cristina Mendes Moraes, 45 anos, mãe da pequena Elena Mendes Silva, de apenas 11 meses. A neném morreu no dia 8 de junho, por complicações causadas pelo novo coronavírus, após 11 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva Infantil (Utin).

Mesmo com tão pouco tempo de vida, Elena mostrou ser uma guerreira. Ela nasceu com síndrome de Down e chegou a ficar internada após o nascimento, mas superou as dificuldades.

Em menos de 1 ano de vida, levou muita alegria e provas de superação para a família. Maria Cristina ficou com a filha até o fim: "Eu entreguei para Deus quando vi que ela estava sofrendo demais”. A bebê completaria 1 ano no dia 26 de junho.

Leia mais: A pequena Elena


Luzimar dos Santos Luciano


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|  Foto: Reprodução/Ufes

A professora Luzimar dos Santos Luciano dava aulas no Departamento de Enfermagem do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e morreu no dia 9 de junho.

Estava atuando na linha de frente ao combate do novo coronavírus e, inclusive, fazia parte do Comitê Operativo de Emergência para o Coronavírus da Ufes (COE-Ufes) e ainda atuou na elaboração da proposta do Plano de Biossegurança para a universidade.

Alunos e professores se comoveram muito com a morte de Luzimar. A também professora da Ufes Ethel Maciel, epidemiologista, lamentou: "O momento agora é de pesar e de luto por uma mulher admirável e incansável na defesa pelos direitos à saúde dos trabalhadoras e trabalhadores".

Veja mais: Adeus à professora


José Carlos de Freitas, 81 anos, e Maredy Carneiro de Freitas, 88 anos


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A dona de casa Maredy Carneiro de Freitas e o mecânico José Carlos de Freitas |  Foto: Acervo de família

Quase 61 anos de casamento. Uma vida inteira juntos, transmitindo muito amor e respeito. Assim era o relacionamento do mecânico José Carlos de Freitas, de 81 anos, e da dona de casa Maredy Carneiro de Freitas, 88. Os dois contraíram o novo coronavírus.

José Carlos foi internado no dia 28 de março e Maredy, dia 3 de abril. No dia 25 de maio, o mecânico não resistiu. Morreu sem saber da morte da companheira de vida, que havia falecido 29 dias antes.

“Nosso eterno guerreiro combateu o bom combate e, finalmente, confiante, aceitou o convite do Rei. Está agora a caminho do Reino de Deus”, disse o filho do casal, o aposentado Leoncio Carneiro de Freitas, 59. O casal teve três filhos, sete netos, dois bisnetos, além de mais dois a caminho.

Veja mais: Uma vida juntos


Amim Abiguenem, 86 anos


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Em 2004, Amim Abiguenem foi agraciado com a comenda da Ordem Estadual do Mérito Jerônimo Monteiro, no Palácio Anchieta |  Foto: Fábio Nunes / Arquivo AT

Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, Amim Abiguenem morreu no dia 22 de maio aos 86 anos, após construir uma carreira brilhante. “É uma grande perda. A Magistratura capixaba está enlutada", afirmou o presidente da Associação de Magistrados do Espírito Santo (Amages), Daniel Peçanha.

Em 2004, Amim Abiguenem foi agraciado com a comenda da Ordem Estadual do Mérito Jerônimo Monteiro, no Palácio Anchieta. Ele atuou no Tribunal de Justiça de 1999 a 2004.

Leia mais: O desembargador Amim Abiguenem


Ademar Ferreira dos Santos, 46 anos


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Ademar e Edneide: ele ficou 11 dias internado na UTI, mas não resistiu |  Foto: Acervo de Família

“Meu marido era um homem maravilhoso”. Assim define Edneide dos Santos Oliveira, 39 anos, mulher do agente socioeducativo Ademar Ferreira dos Santos, 46 anos, que morreu no dia 24 de maio pelo coronavírus.

“Só quem sabe o que estou sentindo é Deus. Dói viver quase 20 anos juntos e ele partir assim. Ele saiu para trabalhar e pegou esse vírus maldito”, declarou Edneide. O agente não tinha doenças crônicas e ficou 11 dias internado na UTI, mas não resistiu.

Veja mais: Quase 20 anos juntos


Alessandro Roberto de Oliveira, 34 anos


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Alessandro Roberto de Oliveira e Mariana Lyra Paulo Soares de Oliveira |  Foto: Acervo de família

Motorista de aplicativo, Alessandro Roberto de Oliveira morava em Itacibá, Cariacica, e morreu no dia 8 de junho aos 34 anos. A mulher dele, Mariana Lyra Paulo Soares de Oliveira, 27, disse que o marido se cuidava e até havia decidido não ir trabalhar para evitar ser contaminado.

“Ele dizia que se ficasse doente não iria sobreviver. Meu marido era uma pessoa muito querida, mas no enterro ninguém pôde se despedir por causa da restrição. Não sabemos como ele se contaminou. Por isso, quero dizer que isso não é uma brincadeira. Esse vírus existe e destruiu a minha família”, declarou.


Fábio Moraes Brito, 37 anos


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Fábio Brito, dono de hamburgueria, morreu vítima do novo coronavírus |  Foto: Acervo pessoal

Dono da hamburgueria Usina Gourmet, em Cariacica-Sede, o empresário Fábio Moraes Brito, 37 anos, era daquelas pessoas queridas por todos e que viveu intensamente.

“Ele era carismático, caridoso, amava ajudar o próximo, era risonho, um empreendedor nato. Fábio era uma pessoa do bem, que só fez coisas boas. Ele cumpriu uma linda missão”, descreveu em meio às lágrimas a noiva dele, Bethania Amaral Emmerick.

Fábio morreu no dia 14 de junho e o enterro foi marcado por muita emoção, com uma carreata realizada por amigos e contando com os moradores do bairro onde morava acenando e se despedindo de suas casas.

“A gente tinha tantos planos, só que o coronavírus destruiu os nossos sonhos. Estávamos reformando o apartamento, com viagem marcada de lua de mel para Gramado (RS). Iríamos nos casar no final do ano”, disse a noiva.

Leia mais: Homenagens e despedida


Letícia do Nascimento Parreiras, 36 anos


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Letícia do Nascimento Parreiras morreu após oito dias internada no Hospital Praia da Costa, em Vila Velha. |  Foto: Acervo Pessoal

“Ela era uma pessoa muito querida. Uma esposa e mãe perfeita”. Essa era a empresária Letícia do Nascimento Parreiras, de 36 anos, que morreu com coronavírus no dia 13 de junho. A declaração, dada pelo marido dela, Bernardo Reis, 37, resume bem o que amigos e demais familiares sentiam por Leticia.

Apaixonada por bolos e doces, a empresária se destacava em Guarapari, onde morava com o marido e a filha, Giulia, de 6 anos. Na cidade, ela estava à frente de uma loja e era muito requisitada pelo seu dom com as guloseimas. Letícia e Bernardo completaram 15 anos de união uma semana antes da morte da empresária.

Veja mais: “Esposa e mãe perfeita”


Florentino Domingos Altoé, 92 anos, e Ana Gertrudes Altoé, 93


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Casal estava junto há 68 anos |  Foto: Acervo pessoal

No dia em que completou 68 anos de casado, em 29 de maio, Florentino Domingos Altoé, de 92 anos, morreu vítima do coronavírus. A companheira de toda a vida, Ana Gertrudes Altoé, 93, não resistiu e faleceu três dias depois, também por complicações da doença.

A tristeza da família só é confortada ao relembrar o quanto esse casal transmitiu amor, carinho e respeito. A filha, a empresária Elvira Altoé, 67, relembrou que a vida deles foi marcada por muito companheirismo.

“Tinham um relacionamento maravilhoso. Como trabalhavam em casa, ele era alfaiate e ela costureira, ficaram a vida inteira juntos, assistiam à TV de mãos dadas. Foram separados por complicações dessa doença, mas permanecem juntos na eternidade”, contou.

Leia mais: Casal era muito religioso


Vinícius Barbosa Santos, 44 anos


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O médico anestesista Vinícius Barbosa Santos morreu vítima do novo coronavírus. |  Foto: Reprodução/Instagram

Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, o médico Vinícius Barbosa Santos, 44 anos, trabalhava em hospitais da Grande Vitória e morreu no dia 18 de junho após passar oito dias internado na UTI.

Anestesista, ele se formou em 1999, há 21 anos, pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam) e a despedida dele foi marcada por uma carreata de colegas de profissão até o cemitério.

Nas redes sociais, centenas de mensagens lamentaram a morte de Vinícius, de amigos, parentes e também entidades, como da Sociedade de Anestesiologia do Estado do Espírito Santo e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia

Leia mais: Homenagens
 


Adilson Pereira de Souza


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|  Foto: Reprodução/Redes Sociais

O sargento da Polícia Militar Adilson Pereira de Souza morreu vítima do novo coronavírus, na madrugada desta quarta-feira (1º), no Hospital Jayme Santos Neves, na Serra.

Na corporação desde 1989, o sargento também era engajado no bairro de Jacaraípe, na Serra, onde morava. De acordo com as redes sociais, ele era presidente do Centro Comunitário do bairro, e sempre publicava fotos em obras nas ruas da região.

Adilson será lembrado entre os amigos como o dono de um sorriso largo, brincalhão, homem forte de um coração gigantesco.

Leia mais: Sargento da Polícia Militar morre vítima de Covid-19 na Serra


Geraldo Pinto de Oliveira, 63 anos


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O pastor Geraldo Pinto de Oliveira tinha 63 anos, deixa quatro filhos e esposa. |  Foto: Acervo Pessoal

O pastor Geraldo Pinto de Oliveira morreu na noite do dia 5 de julho, após passar mais de um mês internado com Covid-19.

Mineiro de Itabira, o religioso fez tanto pela comunidade de Aracruz que ganhou um título de cidadão aracruzense.

Geraldo era da Primeira Igreja Assembleia de Deus do município e respondia por 44 congregações no Estado. Ele tinha 63 anos e deixa quatro filhos e esposa.

Leia mais: Pastor morre vítima do coronavírus após mais de um mês internado em UTI


Maria Helena Pereira


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Maria Helena Pereira, juntamente com a filha Fernanda, fundou o Instituto Mão na Massa em Jesus de Nazareth, Vitória |  Foto: Divulgação

Fundadora do Instituto Mão na Massa, Maria Helena Pereira atuou por mais de 20 anos em prol da comunidade do bairro Jesus de Nazareth, em Vitória, seja como agente comunitária ou depois por meio do instituto.

Hipertensa, ela fazia parte do grupo de risco do novo coronavírus. Mesmo assim, não deixou de ajudar a o bairro onde vivia.

Dona Leninha, como era conhecida, estava na linha de frente do combate ao vírus no bairro, confeccionando máscaras e doando kits de limpeza e cestas básicas para outros moradores.

Leia mais: Fundadora de projeto social em Jesus de Nazareth morre vítima de Covid-19


Wilber Vieira Barbosa, 62 anos, e Ana Lúcia Barbosa Jesus, 57 anos


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Os pastores Wilber Vieira Barbosa e Ana Lúcia Barbosa Jesus morreram vítimas do novo coronavírus |  Foto: Reprodução/Instagram

O pastor Wilber Vieira Barbosa, 62 anos, e a pastora Ana Lúcia Barbosa Jesus, 57 anos, eram líderes da Igreja do Evangelho Quadrangular e estavam casados há 40 anos. 

Unidos, Wilber e Ana Lúcia enfrentaram o novo coronavírus como puderam. Mas após duas semanas de internação, o casal faleceu com menos de dois de diferença.

Para os familiares, o que resta do casal é um legado de fé e esperança.

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Alane Jardim, 59 anos


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Técnica em enfermagem de Guarapari Alane Jardim |  Foto: Acervo familiar

A técnica em enfermagem Alane Jardim, 59 anos, faleceu após de 11 dias internada combatendo a infecção causado pelo novo coronavírus.

Alane trabalhava como técnica de enfermagem há cinco anos e por mais de 10 anos exerceu a função de agente de saúde. Ela atuava na Unidade de Saúde de Amarelos, zona rural de Guarapari.

Conhecida por muitos como uma pessoa animada e alto astral, a técnica em enfermagem deixa muitas saudades.

Leia mais: Técnica em enfermagem morre vítima da Covid-19 em Guarapari


Felipe Coutinho, 34 anos


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Felipe Coutinho, 34 anos, era professor de Educação Física |  Foto: Acervo de família

O professor de Educação Física Felipe Coutinho, de 34 anos, era conhecido como tio Sumô entre os mais próximos.

Felipe era dono de uma empresa de recreação e muito querido no bairro Consolação, em Vitória, onde morava.

Após 14 dias internado, o professor faleceu. Para homenageá-lo, amigos fizeram uma carreata pelas ruas do bairro para se despedir.

Leia mais: Professor de Educação Física morre por Covid e causa comoção em bairro

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Em memória às vítimas da Covid-19 |  Foto: Arte: André Félix/AT

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